terça-feira, 23 de novembro de 2010

Métodos anticoncepcionais (contraceptivos)

A prevenção da gestação não planejada é fundamental, principalmente para adolescentes e adultos jovens sexualmente ativos, que devem ser orientados precocemente, uma vez que a idade para início das relações sexuais está diminuindo cada vez mais, enquanto estão aumentando o número de adolescentes grávidas.

Os métodos contraceptivos podem ser divididos didaticamente em: comportamentais, de barreira, dispositivo intra-uterino (DIU), métodos hormonais e cirúrgicos.

A escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada levando-se em conta fatores como idade, números de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo de procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de determinado método. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que saibamos quais são elas, para que eventualmente possamos optar por um dos métodos. Todavia, na
orientação sobre os métodos anticoncepcionais deve ser destacada a necessidade da dupla proteção (contracepção e prevenção as DST e HIV/AIDS), mostrando a importância dos métodos de barreira, como os preservativos masculinos ou femininos.

A) Métodos comportamentais:

Método Rítmico ou Ogino-Knaus (do calendário ou tabelinha): procura calcular o início e o fim do período fértil (já explicado anteriormente no ciclo menstrual) e somente é adequado para mulheres com ciclo menstrual regular. A mulher deve ser orientada, inicialmente, a marcar no calendário os últimos 6 a 12 ciclos menstruais com data do primeiro dia e duração, calculando então o seu período fértil e abstendo-se de relações sexuais com contato genital neste período. É pouco eficaz se não for combinado com outros métodos, como preservativos ou espermicidas, pois depende da abstenção voluntária nos períodos férteis da mulher, onde a libido (desejo sexual) se encontra em alta.


Temperatura basal: método oriundo na observação das alterações fisiológicas da temperatura corporal ao longo do ciclo menstrual. Após a ovulação, a temperatura basal aumenta entre 0,3 e 0,8o C (ação da progesterona). A paciente deve medir a temperatura oral, durante 5 minutos, pela manhã (após repouso de no mínimo 5 horas) antes de comer ou fazer qualquer esforço, e anotar os resultados durante dois ou mais ciclos menstruais. Esse procedimento deve ser realizado desde o primeiro dia da menstruação até o dia em que a temperatura se elevar por 3 dias consecutivos.

Depois de estabelecer qual é a sua variação normal, e o padrão de aumento, poderá usar a informação, evitando relações sexuais no período fértil.

Uma grande desvantagem do método da temperatura é que se a mulher tiver alguma doença, como um simples resfriado ou virose, todo o esquema se altera, tornando impossível retomar a linha basal, ou saber se o aumento de temperatura é devido à ovulação ou a febre.


Método do Muco Cervical (Billing): baseia-se na identificação do período fértil pelas modificações cíclicas do muco cervical, observado no auto-exame e pela sensação por ele provocada na vagina e vulva. A observação da ausência ou presença do fluxo mucoso deve ser diária. O muco cervical aparece cerca de 2 a 3 dias depois da menstruação, e inicialmente é pouco consistente e espesso. Logo antes da ovulação, ele atinge o chamado "ápice", em que fica bem grudento.

Testa-se colocando o muco entre o indicador e o polegar e tentando-se separar os dedos. É necessária a interrupção da atividade sexual nesta fase, permanecendo em abstinência por no mínimo 4 dias a partir do pico de produção, período em que se inicia o período infértil novamente.

Esse método também exige observação sistemática e responsabilidade por parte da mulher durante vários meses, até conhecer bem o seu ciclo e o muco. No entanto, qualquer alteração provocada por doença, ou quando a mulher tem pouco ou muito muco, o método se torna pouco confiável.

Coito interrompido: baseia-se na capacidade do homem em pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina. Tem baixa efetividade, levando à disfunção sexual do casal, e deve ser desencorajado.

B) Métodos de Barreira



Estes métodos impedem a ascensão dos espermatozóides ao útero, sendo fundamentais na prevenção das DST e AIDS. Junto com a pílula anticoncepcional e o coito interrompido, são os métodos não definitivos mais utilizados.

Condom ou camisinha ou preservativo: quase todas as pessoas podem usar; protege contra doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS; previne doenças do colo uterino; não faz mal a saúde; é de fácil acesso.



O condom masculino é um envoltório de látex que recobre o pênis, retendo o esperma no ato sexual, impedido o contato deste e de outros microrganismos com a vagina e o pênis ou vice-versa.

Uso da masculina: desenrolar a camisinha no pênis ereto, antes de qualquer contado com a vagina, ânus ou boca. Deve ser retirada do pênis imediatamente após a ejaculação, segurando as bordas da camisinha para impedir que os espermatozóides escapem para a vagina.








A camisinha possui lado certo para desenrolar, para saber qual é o correto, basta tentar desenrolar se não der ou for muito complicado vire a pontinha para o outro lado



Depois de retirá-la da embalagem, deve-se apertar a pontinha (dando uma leve torcidinha) para evitar que fique com ar porque, se ficar com ar, ela pode estourar com mais facilidade. Lembre-se que o pênis deve estar ereto (duro).








Segurando a ponta apertada ir desenrolando a camisinha sobre o pênis até chegar à base. Depois de desenrolar até a base vite ficar passando a mão, pois pode retirar o lubrificante e fazer com que a camisinha estoure com mais facilidade. Agora está tudo pronto para se ter uma relação sexual protegida







A camisinha deve ficar desta forma no pênis.

Quais as chances de que a camisinha masculina falhe?

A taxa de falha varia de 3 a 14 mulheres em 100 podem ficar grávidas em um ano de uso.






O condom feminino constitui-se em um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano na cérvice uterina, paredes vaginais e vulva. O produto já vem lubrificado devendo ser utilizado uma única vez, destacando-se que o poliuretano por ser mais resistente que o látex pode ser utilizado com vários tipos de lubrificantes.




Uso da feminina: retirar da embalagem somente na hora do uso. Flexionar o anel de modo que possa ser introduzido na vagina. Com os dedos indicador e médio, empurrar o máximo que puder, de modo que fique sobrando um pouco para fora, o que deve permanecer assim durante a relação. Retirar logo após a ejaculação, rosqueando o anel para que não escorra o líquido seminal para dentro da vagina.






Se usada corretamente, sua eficácia é alta, varia de 82 a 97%.

Efeitos colaterais: alergia ou irritação, que pode ser reduzida trocando a marca e tipo e com uso de lubrificantes à base de água.



Veja também: www.adolescencia.org.br




Diafragma:é um anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como uma barreira, ele impede a entrada dos espermatozóides, devendo ser utilizado junto com um espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual. A adesão da paciente depende da utilização correta do dispositivo. A higienização e o armazenamento corretos do diafragma são fatores importantes na prevenção de infecções genitais e no prolongamento da vida útil do dispositivo. Por apresentar vários tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), deve ser indicado por um médico para uma adequação perfeita ao colo uterino. Deve ser usado com espermicida. Recomenda-se introduzir na vagina de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a última relação sexual de penetração.
Saiba mais sobre diafragma: www.semina.com.br/ medicos.asp?opt=0&item=02



Esponjas e Espermicidas: as esponjas são feitas de poliuretano, são adaptadas ao colo uterino com alça para sua remoção e são descartáveis (ao contrário do diafragma), estão associadas a espermicidas que são substâncias químicas que imobilizam e destroem os espermatozóides, podendo ser utilizados combinadamente também com o diafragma ou preservativos. Existem em várias apresentações de espermicidas: cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas.
Fonte:http://www.afh.bio.br/reprod/reprod8.asp

Saiba mais sobre os métodos anticoncepcionais:

www.adolescencia.org.br
www.gineco.com.br

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Japão

Logo após a Segunda Grande Guerra, a economia internacional começou a passar por profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial, diferenciando-a das duas anteriores, uma vez que engloba mudanças que vão muito além das transformações industriais.

Essa nova fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração física entre ciência e produção, também chamada de revolução tecnocientífica.
Os avanços da robótica e da engenharia genética são incorporados ao processo produtivo, que depende cada vez menos da mão-de-obra e cada vez mais de alta tecnologia, pautada por um princípio básico: a produção deve combinar novas técnicas com máquinas cada vez mais sofisticadas, a fim de produzir mais com menos recursos e menos mão-de-obra.

Revoluções do passado

A Revolução Industrial foi o processo caracterizado pela mudança de uma economia agrária, baseada no trabalho manual, para uma economia dominada pela indústria mecanizada. Teve início na Inglaterra, país que, por volta de 1760, adiantou sua industrialização em 50 anos, em relação ao continente europeu, e assumiu uma posição de vanguarda na expansão colonial.
Essa Revolução caracteriza-se pelo uso de novas fontes de energia, pela invenção de máquinas que aumentam a produção, pela divisão e especialização do trabalho, pelo desenvolvimento do transporte e da comunicação e pela aplicação da ciência na indústria.
Em pouco tempo, os novos modos de produção, marcados pela passagem da manufatura à indústria mecânica, se espalharam pelo mundo. Recordando a história desses novos meios de produção, podemos dividir a Revolução Industrial em três períodos:
# Primeira Revolução Industrial (1760-1860) - A energia movida a vapor foi usada na extração de minério, na indústria têxtil e na fabricação de uma grande variedade de bens que, antes, eram feitos à mão. O navio a vapor substituiu a escuna e a locomotiva a vapor substituiu os vagões puxados a cavalo. O trabalho físico começou a ser transformado em força mecânica. Teve início o funcionamento do primeiro instrumento universal de comunicação quase instantânea, o telégrafo.
# Segunda Revolução Industrial (1860-1900) - É caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização em diversos países: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Estados Unidos e Japão. O destaque ficou com a eletricidade e a química, resultando em novos tipos de motores (elétricos e à explosão), no aparecimento de novos produtos químicos e na substituição do ferro pelo aço. Houve o surgimento das grandes empresas - que, por vezes, se organizavam em cartéis (grupos de empresas que, mediante acordo, buscam determinar os preços e limitar a concorrência) -, do telégrafo sem fio e do rádio.
As duas primeiras revoluções industriais tinham por objetivo usar a tecnologia para produzir produtos baratos e em grandes quantidades. A substituição do trabalho braçal, na primeira, e o desenvolvimento de sofisticadas estratégias gerenciais, na segunda, não visavam substituir trabalhadores por máquinas, uma vez que os trabalhadores desempenhavam papel central e indispensável no processo produtivo.

Novas tecnologias

O impacto das novas tecnologias da Terceira Revolução Industrial não se restringe apenas às indústrias, mas afeta as empresas comerciais, as prestadoras de serviços e, até mesmo, o cotidiano das pessoas comuns. Ou seja, trata-se de uma revolução muito mais abrangente. Em termos de magnitude e abrangência, a Terceira Revolução Industrial não se restringe a alguns países europeus, aos EUA e ao Japão, mas se espalha pelo mundo todo. É causa e, ao mesmo tempo, conseqüência da globalização.
Na atual fase da revolução, o modo de produção difere tanto da produção artesanal - em que os trabalhadores, com o uso de ferramentas manuais, fabricam cada produto, um de cada vez, de acordo com as especificações do comprador - quanto da produção industrial ou em massa - na qual os trabalhadores operam equipamentos que produzem produtos padronizados e em grandes quantidades.
Na fase contemporânea da Revolução Industrial, busca-se combinar as vantagens das produções artesanal e industrial, evitando o alto custo da primeira e a inflexibilidade da última. A produção usa metade do esforço humano na fábrica, metade do espaço físico e há investimentos maciços em equipamentos.
Com a aplicação das novas descobertas científicas no processo produtivo, ocorre a ascensão de atividades que empregam alta tecnologia. Como exemplos, temos a informática, que produz computadores e softwares; a microeletrônica, que fabrica chips, transistores e produtos eletrônicos; a robótica, que cria robôs para uso industrial; as telecomunicações, que viabilizam as transmissões de rádio e televisão, a telefonia fixa e móvel e a Internet; a indústria aeroespacial, que fabrica satélites artificiais e aviões; e a biotecnologia, que produz medicamentos, plantas e animais manipulados geneticamente.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial-tecnologia.jhtm

Toyotismo

Após o desenvolvimento do Fordismo nos Estados Unidos, na primeira metade do século XX, o Japão se encontrou em um cenário totalmente desfavorável à implementação desse sistema de produção. O Fordismo tinha como característica principal, a produção em massa, sendo necessários enormes investimentos e uma grande quantidade de mão-de-obra.

Ora, o Japão tinha um pequeno mercado consumidor. Além disso, o país não possui uma grande quantidade de matérias-prima, inviabilizando assim, o princípio fordista da produção em massa.
Elaborado por Taiichi Ohno, o toyotismo surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, esse modo de produção só se consolidou como uma filosofia orgânica na década de 70. O toyotismo possuía princípios que funcionavam muito bem no cenário japonês, que era muito diferente do americano e do europeu.
O toyotismo tinha como elemento principal, a flexibilização da produção. Ao contrário do modelo fordista, que produzia muito e estocava essa produção, no toyotismo só se produzia o necessário, reduzindo ao máximo os estoques. Essa flexibilização tinha como objetivo a produção de um bem exatamente no momento em que ele fosse demandado, no chamado Just in Time. Dessa forma, ao trabalhar com pequenos lotes, pretende-se que a qualidade dos produtos seja a máxima possível. Essa é outra característica do modelo japonês: a Qualidade Total.
A crise do petróleo fez com que as organizações que aderiram ao toyotismo tivessem vantagem significativa, pois esse modelo consumia menos energia e matéria-prima, ao contrário do modelo fordista. Assim, através desse modelo de produção, as empresas toyotistas conquistaram grande espaço no cenário mundial.

Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/toyotismo.htmp

A demografia do Japão

O Japão tem uma elevada densidade populacional (337,23 hab./km2), já que a área do país, com apenas 377 835 km2, é ocupada por 127 463 611 habitantes.

As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 9,37%o e 9,16%o. A esperança média de vida é de 81,25 anos. Estima-se que, em 2025, a população diminua para 120 235 000 habitantes. O Japão é um país etnicamente homogéneo, pois os japoneses correspondem a 99% da população. O xintoísmo (51%) e o budismo (38%) são as religiões mais representativas. A língua oficial é o japonês.

As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 9,37%o e 9,16%o. A esperança média de vida é de 81,25 anos. Estima-se que, em 2025, a população diminua para 120 235 000 habitantes. O Japão é um país etnicamente homogéneo, pois os japoneses correspondem a 99% da população. O xintoísmo (51%) e o budismo (38%) são as religiões mais representativas. A língua oficial é o japonês.O crescimento anual da população - 0,25 p. 100 entre 1990 e 1995 - ainda diminuiu para atingir 0,1 p. 100 em 2005: é taxa mais baixa do mundo asiático. O índice de fecundidade estava, 2007, de 1,40 criança por mulher, e para o mesmo ano, ele considera à 15 p. 100 a parte os menos de 15 anos na população total e 20,6 p. 100 a das pessoas idosas de 65 anos e mais. Acrescentados à uma esperança de vida média que atinge 78,1 anos para os homens e 84,8 anos para as mulheres, estes números traem o envelhecimento da população japonesa, cujas repercussões sobre o plano económico e social são pesadas.
Com efeito, de acordo com às previsões demográficas mais recentes, a população total japonesa deveria ainda aumentar até em 2007, para atingir mais de 128 milhões de habitantes.
Deveria seguidamente começar a diminuir para mais não se criar único à cerca de 60 milhões de pessoas em 2051, com uma percentagem de pessoas idosas mais de 65 anos de superior ao terço da população global. Os Japoneses pertencem ao ramo dito mongoloïde, como os Chineses e os Coreanos, muito nse distinguindo por particularidades físicas e linguísticas. A origem do povoamento do arquipélago japonês é de resto muito complexa, e permanece parcialmente ainda um mistério: os dados históricos, linguísticos e arqueológicos deixam pensar que brassage dos povos tem-se feito muito cedo, sem que seja possível determinar com certeza as diferentes vagas de povoamento e a sua proveniência. O Aïnu, população cujas origens, provavelmente mais próximas do Australoïdes que do Mongoloïdes, são particularmente difíceis de determinar, constituem o único grupo indígena importante. Séculos de guerra, seguidamente uma assimilação por casamentos intercommunautaires, fazem que hoje únicos cerca de milhares entre eles subsistem, para a maior parte Hokkaido. Os estrangeiros que residem ao Japão eram quase 1,5 milhão em 1997, entre os quais as comunidades coreanas (645 000 pessoas em 1997, ou seja 43,5 p. 100 do total dos imigrantes) e chinesas (252 000 pessoas em 1997,17 p. 100), implantadas há muito tempo, são mais importante. Hoje, os grupos de imigração em constante aumento são os vindas do Brasil (233 000 pessoas em 1997) e as Filipinas (93 000 pessoas em 1997). Os Americanos representam mal 3 p. 100 da população de origem estrangeira.




Cidade japonesa. Encarta
Fonte: http://www.voyagesphotosmanu.com/populacao_japonesa.html

Artesanato à Industria

Artesanato

A história do artesanato tem início no mundo com a própria história do homem, pois a necessidade de se produzir bens de utilidades e uso rotineiro, e até mesmo adornos, expressou a capacidade criativa e produtiva como forma de trabalho.










Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais e vegetais.

No Brasil, o artesanato também surgiu neste período. Os índios foram os mais antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário feitos com penas e plumas de aves.

O artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de várias formas como, nas cerâmicas utilitária, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), fabrico de farinha de mandioca, monjolo de pé de água, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular. E também encontram-se nas pinturas e desenhos (primitivos), esculturas, trabalhos em madeiras, pedra guaraná, cera, miolo de pão, massa de açúcar, bijuteria, renda, filé, crochê, papel recortado para enfeite, etc.

O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região.

Manufaturas

Manufatura é um sistema de fabricação de grande quantidade de produtos de forma padronizada e em série. Neste processo pode ser usado somente as mãos (como era feito antes da Revolução Industrial) ou com a utilização de máquinas como passou a ocorrer após a Revolução Industrial.

Durante a Revolução Industrial, houve grande avanço no modo de produção. O trabalho que antes era somente manual, passou a ser feito por máquinas, o que gerou uma maior produção em menor tempo.Além da utilização das máquinas, a manufatura passou a ter como marcante característica a utilização de um modo de trabalho em série, isso quer dizer que era feito etapa por etapa, e especializado, cada trabalhador tinha sua especialização numa área

Máquinas

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média oartesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.




Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.

A Fábrica

As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

Reação dos trabalhadores

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.

Fonte : www.suapesquisa.com/industrial

Revolução Industrial




A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.

A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.

Etapas da industrialização

Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:

1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.

1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.

1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica

Artesanato, manufatura e maquinofatura

O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.
A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o arte­são trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.
Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.

O pioneirismo inglês


Quatro elementos essenciais concorreram para a industrialização: capital, recursos naturais, mercado, transformação agrária.
Na base do processo, está a Revolução Inglesa do século XVII. Depois de vencer a monarquia, a burguesia conquistou os merca­dos mundiais e transformou a estrutura agrária. Os ingleses avançaram sobre esses mercados por meios pacíficos ou militares. A hegemonia naval lhes dava o controle dos mares. Era o mercado que comandava o ritmo da produção, ao contrário do que aconteceria depois, nos países já industrializados, quando a produção criaria seu próprio mercado.
Até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Uni­dos, Índia e Brasil). Tecido leve, ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção ia para o exterior e isto representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo.
Os capitais também vinham do tráfico de escravos e do comércio com metrópoles colonialistas, como Portugal. Provavelmente, metade do ouro brasileiro acabou no Banco da Inglaterra e financiou estradas, portos, canais. A disponibilidade de capital, associada a um sistema bancário eficiente, com mais de quatrocentos bancos em 1790, explica a baixa taxa de juros; isto é, havia dinheiro barato para os empresários.
Depois de capital, recursos naturais e merca­do, vamos ao quarto elemento essencial à industrialização, a transformação na estrutura agrária após a Revolução Inglesa. Com a gentry no poder, dispararam os cercamentos, autorizados pelo Parlamento. A divisão das terras coletivas beneficiou os grandes proprietários. As terras dos camponeses, os yeomen, foram reunidas num só lugar e eram tão poucas que não lhes garantiam a sobrevivência: eles se transforma­ram em proletários rurais; deixaram de ser ao mesmo tempo agricultores e artesãos.
Duas conseqüências se destacam: 1) diminuiu a oferta de trabalhadores na indústria doméstica rural, no momento em que ganhava impulso 0 mercado, tornando-se indispensável adotar nova forma de produção capaz de satisfazê-lo; 2) a proletarização abriu espaço para o investimento de capital na agricultura, do que resultaram a especialização da produção, o avanço técnico e o crescimento da produtividade.
A população cresceu, o mercado consumidor também; e sobrou mão-de-obra para os centros industriais.

Mecanização da Produção


As invenções não resultam de atos individuais ou do acaso, mas de problemas concretos coloca­dos para homens práticos. O invento atende à necessidade social de um momento; do contrário, nasce morto. Da Vinci imaginou a máquina a vapor no século XVI, mas ela só teve aplicação no ,século XVIII.
Para alguns historiadores, a Revolução Industrial começa em 1733 com a invenção da lançadeira volante, por John Kay. O instrumento, adaptado aos teares manuais, aumentou a capacidade de tecer; até ali, o tecelão só podia fazer um tecido da largura de seus braços. A invenção provocou desequilíbrio, pois começa­ram a faltar fios, produzidos na roca. Em 1767, James Hargreaves inventou a spinning jenny, que permitia ao artesão fiar de uma só vez até oitenta fios, mas eram finos e quebradiços. A water frame de Richard Arkwright, movida a água, era econômica mas produzia fios grossos. Em 1779, S Samuel Crompton combinou as duas máquinas numa só, a mule, conseguindo fios finos e resistentes. Mas agora sobravam fios, desequilíbrio corrigido em 1785, quando Edmond Cartwright inventou o tear mecânico.
Cada problema surgido exigia nova invenção. Para mover o tear mecânico, era necessária uma energia motriz mais constante que a hidráulica, à base de rodas d’água. James Watt, aperfeiçoando a máquina a vapor, chegou à máquina de movi­mento duplo, com biela e manivela, que transformava o movimento linear do pistão em movimento circular, adaptando-se ao tear.
Para aumentar a resistência das máquinas, a madeira das peças foi substituída por metal, o que estimulou o avanço da siderurgia. Nos Esta­dos Unidos, Eli Whitney inventou o descaroça­dor de algodão.

Fonte: http://www.culturabrasil.org/revolucaoindustrial.htm

Propagação de calor: Radiação

O calor (energia térmica), sempre que houver desequilíbrio de temperatura, propagará de um lugar de maior temperatura para outro de temperatura menor. Por exemplo, quando colocamos uma panela com água no fogo para esquentar, podemos observar a propagação de calor de três modos diferentes. Por condução: o calor do fogo se propaga para a panela que está em contato com ele; este calor se propaga também por condução para a água, que está em contato com a panela. Por convecção: a água que está em contato com o fundo da panela se aquece, sua densidade diminui (fica mais leve) e ela sobe, enquanto a água fria da superfície (mais pesada) desce para o fundo. Por irradiação: se tiramos a panela do fogo e aproximamos a mão de seu fundo, sentiremos um aumento de temperatura. Quando estamos na luz do sol também podemos perceber a irradiação de calor, pois sentimos o calor irradiado do Sol. Como sabemos, entre a Terra e o Sol não existe matéria (chama-se a ausência de matéria de "vácuo"). Logo, o calor do Sol, não chega até a Terra por condução através de algum tipo de material. Nem por convecção, pois este tipo de transporte de calor também exige o transporte de matéria. A este processo de transferência de calor na ausência de matéria chamamos de "irradiação". Em geral, todas as coisas irradiam calor. No entanto, a irradiação de uns é maior que a de outros, devido ao fato de ter a temperatura mais alta. O calor em forma de radiação se propaga até encontrar matéria, que poderá absorvê-lo. São exemplos o ar aquecido pela luz solar (que é o mais importante dos fenômenos responsáveis pelas variações de temperatura do meio ambiente) e a pele aquecida pela radiação do fogo.
Idéia do experimento
A idéia é mostrar que existe irradiação de calor produzida pela chama de uma vela. Para isso chega-se a mão próximo e ao lado da chama da vela e sente-se o aumento de temperatura na mão. Excluí-se a possibilidade da energia térmica chegar até a mão pelo ar por condução ou convecção , pois o ar é mau condutor de calor e o ar aquecido sobe em vez de ir para os lados ou para baixo. Logo, concluí-se que o calor chegou até a mão por irradiação.

Material
-Uma vela
-Fósforo para acender a vela

Montagem

Acenda a vela e a fixe em algum local.
Chegue a mão próximo e ao lado da chama da vela e sinta a temperatura da mão aumentar.

Comentários
Tanto pelos lados, como por baixo, o efeito de aquecimento principal é o calor proveniente da irradiação.
Pode-se passar rapidamente a mão numa região imediatamente acima da chama; observa que o aquecimento é bem maior, pois além da irradiação, também existe a propagação de calor pela convecção do ar.
Fonte: http://sosfisica.blogspot.com/2008/08/propagao-de-calor-por-irradiao.html

Cores quentes?

Se você ficar exposto ao Sol com roupas escuras, acabara sentindo mais calor, pois quanto mais escuros são os tecidos, mais ondas eletromagnéticas eles captam, e vice-versa - ou seja, quanto mais claros, menos ondas absorvem.
Um corpo capaz de absorver praticamente toda a energia radiante e nele incide é denominado corpo negro ou radiador ideal.