terça-feira, 23 de novembro de 2010

Métodos anticoncepcionais (contraceptivos)

A prevenção da gestação não planejada é fundamental, principalmente para adolescentes e adultos jovens sexualmente ativos, que devem ser orientados precocemente, uma vez que a idade para início das relações sexuais está diminuindo cada vez mais, enquanto estão aumentando o número de adolescentes grávidas.

Os métodos contraceptivos podem ser divididos didaticamente em: comportamentais, de barreira, dispositivo intra-uterino (DIU), métodos hormonais e cirúrgicos.

A escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada levando-se em conta fatores como idade, números de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo de procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de determinado método. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que saibamos quais são elas, para que eventualmente possamos optar por um dos métodos. Todavia, na
orientação sobre os métodos anticoncepcionais deve ser destacada a necessidade da dupla proteção (contracepção e prevenção as DST e HIV/AIDS), mostrando a importância dos métodos de barreira, como os preservativos masculinos ou femininos.

A) Métodos comportamentais:

Método Rítmico ou Ogino-Knaus (do calendário ou tabelinha): procura calcular o início e o fim do período fértil (já explicado anteriormente no ciclo menstrual) e somente é adequado para mulheres com ciclo menstrual regular. A mulher deve ser orientada, inicialmente, a marcar no calendário os últimos 6 a 12 ciclos menstruais com data do primeiro dia e duração, calculando então o seu período fértil e abstendo-se de relações sexuais com contato genital neste período. É pouco eficaz se não for combinado com outros métodos, como preservativos ou espermicidas, pois depende da abstenção voluntária nos períodos férteis da mulher, onde a libido (desejo sexual) se encontra em alta.


Temperatura basal: método oriundo na observação das alterações fisiológicas da temperatura corporal ao longo do ciclo menstrual. Após a ovulação, a temperatura basal aumenta entre 0,3 e 0,8o C (ação da progesterona). A paciente deve medir a temperatura oral, durante 5 minutos, pela manhã (após repouso de no mínimo 5 horas) antes de comer ou fazer qualquer esforço, e anotar os resultados durante dois ou mais ciclos menstruais. Esse procedimento deve ser realizado desde o primeiro dia da menstruação até o dia em que a temperatura se elevar por 3 dias consecutivos.

Depois de estabelecer qual é a sua variação normal, e o padrão de aumento, poderá usar a informação, evitando relações sexuais no período fértil.

Uma grande desvantagem do método da temperatura é que se a mulher tiver alguma doença, como um simples resfriado ou virose, todo o esquema se altera, tornando impossível retomar a linha basal, ou saber se o aumento de temperatura é devido à ovulação ou a febre.


Método do Muco Cervical (Billing): baseia-se na identificação do período fértil pelas modificações cíclicas do muco cervical, observado no auto-exame e pela sensação por ele provocada na vagina e vulva. A observação da ausência ou presença do fluxo mucoso deve ser diária. O muco cervical aparece cerca de 2 a 3 dias depois da menstruação, e inicialmente é pouco consistente e espesso. Logo antes da ovulação, ele atinge o chamado "ápice", em que fica bem grudento.

Testa-se colocando o muco entre o indicador e o polegar e tentando-se separar os dedos. É necessária a interrupção da atividade sexual nesta fase, permanecendo em abstinência por no mínimo 4 dias a partir do pico de produção, período em que se inicia o período infértil novamente.

Esse método também exige observação sistemática e responsabilidade por parte da mulher durante vários meses, até conhecer bem o seu ciclo e o muco. No entanto, qualquer alteração provocada por doença, ou quando a mulher tem pouco ou muito muco, o método se torna pouco confiável.

Coito interrompido: baseia-se na capacidade do homem em pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina. Tem baixa efetividade, levando à disfunção sexual do casal, e deve ser desencorajado.

B) Métodos de Barreira



Estes métodos impedem a ascensão dos espermatozóides ao útero, sendo fundamentais na prevenção das DST e AIDS. Junto com a pílula anticoncepcional e o coito interrompido, são os métodos não definitivos mais utilizados.

Condom ou camisinha ou preservativo: quase todas as pessoas podem usar; protege contra doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS; previne doenças do colo uterino; não faz mal a saúde; é de fácil acesso.



O condom masculino é um envoltório de látex que recobre o pênis, retendo o esperma no ato sexual, impedido o contato deste e de outros microrganismos com a vagina e o pênis ou vice-versa.

Uso da masculina: desenrolar a camisinha no pênis ereto, antes de qualquer contado com a vagina, ânus ou boca. Deve ser retirada do pênis imediatamente após a ejaculação, segurando as bordas da camisinha para impedir que os espermatozóides escapem para a vagina.








A camisinha possui lado certo para desenrolar, para saber qual é o correto, basta tentar desenrolar se não der ou for muito complicado vire a pontinha para o outro lado



Depois de retirá-la da embalagem, deve-se apertar a pontinha (dando uma leve torcidinha) para evitar que fique com ar porque, se ficar com ar, ela pode estourar com mais facilidade. Lembre-se que o pênis deve estar ereto (duro).








Segurando a ponta apertada ir desenrolando a camisinha sobre o pênis até chegar à base. Depois de desenrolar até a base vite ficar passando a mão, pois pode retirar o lubrificante e fazer com que a camisinha estoure com mais facilidade. Agora está tudo pronto para se ter uma relação sexual protegida







A camisinha deve ficar desta forma no pênis.

Quais as chances de que a camisinha masculina falhe?

A taxa de falha varia de 3 a 14 mulheres em 100 podem ficar grávidas em um ano de uso.






O condom feminino constitui-se em um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano na cérvice uterina, paredes vaginais e vulva. O produto já vem lubrificado devendo ser utilizado uma única vez, destacando-se que o poliuretano por ser mais resistente que o látex pode ser utilizado com vários tipos de lubrificantes.




Uso da feminina: retirar da embalagem somente na hora do uso. Flexionar o anel de modo que possa ser introduzido na vagina. Com os dedos indicador e médio, empurrar o máximo que puder, de modo que fique sobrando um pouco para fora, o que deve permanecer assim durante a relação. Retirar logo após a ejaculação, rosqueando o anel para que não escorra o líquido seminal para dentro da vagina.






Se usada corretamente, sua eficácia é alta, varia de 82 a 97%.

Efeitos colaterais: alergia ou irritação, que pode ser reduzida trocando a marca e tipo e com uso de lubrificantes à base de água.



Veja também: www.adolescencia.org.br




Diafragma:é um anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como uma barreira, ele impede a entrada dos espermatozóides, devendo ser utilizado junto com um espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual. A adesão da paciente depende da utilização correta do dispositivo. A higienização e o armazenamento corretos do diafragma são fatores importantes na prevenção de infecções genitais e no prolongamento da vida útil do dispositivo. Por apresentar vários tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), deve ser indicado por um médico para uma adequação perfeita ao colo uterino. Deve ser usado com espermicida. Recomenda-se introduzir na vagina de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a última relação sexual de penetração.
Saiba mais sobre diafragma: www.semina.com.br/ medicos.asp?opt=0&item=02



Esponjas e Espermicidas: as esponjas são feitas de poliuretano, são adaptadas ao colo uterino com alça para sua remoção e são descartáveis (ao contrário do diafragma), estão associadas a espermicidas que são substâncias químicas que imobilizam e destroem os espermatozóides, podendo ser utilizados combinadamente também com o diafragma ou preservativos. Existem em várias apresentações de espermicidas: cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas.
Fonte:http://www.afh.bio.br/reprod/reprod8.asp

Saiba mais sobre os métodos anticoncepcionais:

www.adolescencia.org.br
www.gineco.com.br

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Japão

Logo após a Segunda Grande Guerra, a economia internacional começou a passar por profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial, diferenciando-a das duas anteriores, uma vez que engloba mudanças que vão muito além das transformações industriais.

Essa nova fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração física entre ciência e produção, também chamada de revolução tecnocientífica.
Os avanços da robótica e da engenharia genética são incorporados ao processo produtivo, que depende cada vez menos da mão-de-obra e cada vez mais de alta tecnologia, pautada por um princípio básico: a produção deve combinar novas técnicas com máquinas cada vez mais sofisticadas, a fim de produzir mais com menos recursos e menos mão-de-obra.

Revoluções do passado

A Revolução Industrial foi o processo caracterizado pela mudança de uma economia agrária, baseada no trabalho manual, para uma economia dominada pela indústria mecanizada. Teve início na Inglaterra, país que, por volta de 1760, adiantou sua industrialização em 50 anos, em relação ao continente europeu, e assumiu uma posição de vanguarda na expansão colonial.
Essa Revolução caracteriza-se pelo uso de novas fontes de energia, pela invenção de máquinas que aumentam a produção, pela divisão e especialização do trabalho, pelo desenvolvimento do transporte e da comunicação e pela aplicação da ciência na indústria.
Em pouco tempo, os novos modos de produção, marcados pela passagem da manufatura à indústria mecânica, se espalharam pelo mundo. Recordando a história desses novos meios de produção, podemos dividir a Revolução Industrial em três períodos:
# Primeira Revolução Industrial (1760-1860) - A energia movida a vapor foi usada na extração de minério, na indústria têxtil e na fabricação de uma grande variedade de bens que, antes, eram feitos à mão. O navio a vapor substituiu a escuna e a locomotiva a vapor substituiu os vagões puxados a cavalo. O trabalho físico começou a ser transformado em força mecânica. Teve início o funcionamento do primeiro instrumento universal de comunicação quase instantânea, o telégrafo.
# Segunda Revolução Industrial (1860-1900) - É caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização em diversos países: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Estados Unidos e Japão. O destaque ficou com a eletricidade e a química, resultando em novos tipos de motores (elétricos e à explosão), no aparecimento de novos produtos químicos e na substituição do ferro pelo aço. Houve o surgimento das grandes empresas - que, por vezes, se organizavam em cartéis (grupos de empresas que, mediante acordo, buscam determinar os preços e limitar a concorrência) -, do telégrafo sem fio e do rádio.
As duas primeiras revoluções industriais tinham por objetivo usar a tecnologia para produzir produtos baratos e em grandes quantidades. A substituição do trabalho braçal, na primeira, e o desenvolvimento de sofisticadas estratégias gerenciais, na segunda, não visavam substituir trabalhadores por máquinas, uma vez que os trabalhadores desempenhavam papel central e indispensável no processo produtivo.

Novas tecnologias

O impacto das novas tecnologias da Terceira Revolução Industrial não se restringe apenas às indústrias, mas afeta as empresas comerciais, as prestadoras de serviços e, até mesmo, o cotidiano das pessoas comuns. Ou seja, trata-se de uma revolução muito mais abrangente. Em termos de magnitude e abrangência, a Terceira Revolução Industrial não se restringe a alguns países europeus, aos EUA e ao Japão, mas se espalha pelo mundo todo. É causa e, ao mesmo tempo, conseqüência da globalização.
Na atual fase da revolução, o modo de produção difere tanto da produção artesanal - em que os trabalhadores, com o uso de ferramentas manuais, fabricam cada produto, um de cada vez, de acordo com as especificações do comprador - quanto da produção industrial ou em massa - na qual os trabalhadores operam equipamentos que produzem produtos padronizados e em grandes quantidades.
Na fase contemporânea da Revolução Industrial, busca-se combinar as vantagens das produções artesanal e industrial, evitando o alto custo da primeira e a inflexibilidade da última. A produção usa metade do esforço humano na fábrica, metade do espaço físico e há investimentos maciços em equipamentos.
Com a aplicação das novas descobertas científicas no processo produtivo, ocorre a ascensão de atividades que empregam alta tecnologia. Como exemplos, temos a informática, que produz computadores e softwares; a microeletrônica, que fabrica chips, transistores e produtos eletrônicos; a robótica, que cria robôs para uso industrial; as telecomunicações, que viabilizam as transmissões de rádio e televisão, a telefonia fixa e móvel e a Internet; a indústria aeroespacial, que fabrica satélites artificiais e aviões; e a biotecnologia, que produz medicamentos, plantas e animais manipulados geneticamente.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial-tecnologia.jhtm

Toyotismo

Após o desenvolvimento do Fordismo nos Estados Unidos, na primeira metade do século XX, o Japão se encontrou em um cenário totalmente desfavorável à implementação desse sistema de produção. O Fordismo tinha como característica principal, a produção em massa, sendo necessários enormes investimentos e uma grande quantidade de mão-de-obra.

Ora, o Japão tinha um pequeno mercado consumidor. Além disso, o país não possui uma grande quantidade de matérias-prima, inviabilizando assim, o princípio fordista da produção em massa.
Elaborado por Taiichi Ohno, o toyotismo surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, esse modo de produção só se consolidou como uma filosofia orgânica na década de 70. O toyotismo possuía princípios que funcionavam muito bem no cenário japonês, que era muito diferente do americano e do europeu.
O toyotismo tinha como elemento principal, a flexibilização da produção. Ao contrário do modelo fordista, que produzia muito e estocava essa produção, no toyotismo só se produzia o necessário, reduzindo ao máximo os estoques. Essa flexibilização tinha como objetivo a produção de um bem exatamente no momento em que ele fosse demandado, no chamado Just in Time. Dessa forma, ao trabalhar com pequenos lotes, pretende-se que a qualidade dos produtos seja a máxima possível. Essa é outra característica do modelo japonês: a Qualidade Total.
A crise do petróleo fez com que as organizações que aderiram ao toyotismo tivessem vantagem significativa, pois esse modelo consumia menos energia e matéria-prima, ao contrário do modelo fordista. Assim, através desse modelo de produção, as empresas toyotistas conquistaram grande espaço no cenário mundial.

Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/toyotismo.htmp

A demografia do Japão

O Japão tem uma elevada densidade populacional (337,23 hab./km2), já que a área do país, com apenas 377 835 km2, é ocupada por 127 463 611 habitantes.

As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 9,37%o e 9,16%o. A esperança média de vida é de 81,25 anos. Estima-se que, em 2025, a população diminua para 120 235 000 habitantes. O Japão é um país etnicamente homogéneo, pois os japoneses correspondem a 99% da população. O xintoísmo (51%) e o budismo (38%) são as religiões mais representativas. A língua oficial é o japonês.

As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 9,37%o e 9,16%o. A esperança média de vida é de 81,25 anos. Estima-se que, em 2025, a população diminua para 120 235 000 habitantes. O Japão é um país etnicamente homogéneo, pois os japoneses correspondem a 99% da população. O xintoísmo (51%) e o budismo (38%) são as religiões mais representativas. A língua oficial é o japonês.O crescimento anual da população - 0,25 p. 100 entre 1990 e 1995 - ainda diminuiu para atingir 0,1 p. 100 em 2005: é taxa mais baixa do mundo asiático. O índice de fecundidade estava, 2007, de 1,40 criança por mulher, e para o mesmo ano, ele considera à 15 p. 100 a parte os menos de 15 anos na população total e 20,6 p. 100 a das pessoas idosas de 65 anos e mais. Acrescentados à uma esperança de vida média que atinge 78,1 anos para os homens e 84,8 anos para as mulheres, estes números traem o envelhecimento da população japonesa, cujas repercussões sobre o plano económico e social são pesadas.
Com efeito, de acordo com às previsões demográficas mais recentes, a população total japonesa deveria ainda aumentar até em 2007, para atingir mais de 128 milhões de habitantes.
Deveria seguidamente começar a diminuir para mais não se criar único à cerca de 60 milhões de pessoas em 2051, com uma percentagem de pessoas idosas mais de 65 anos de superior ao terço da população global. Os Japoneses pertencem ao ramo dito mongoloïde, como os Chineses e os Coreanos, muito nse distinguindo por particularidades físicas e linguísticas. A origem do povoamento do arquipélago japonês é de resto muito complexa, e permanece parcialmente ainda um mistério: os dados históricos, linguísticos e arqueológicos deixam pensar que brassage dos povos tem-se feito muito cedo, sem que seja possível determinar com certeza as diferentes vagas de povoamento e a sua proveniência. O Aïnu, população cujas origens, provavelmente mais próximas do Australoïdes que do Mongoloïdes, são particularmente difíceis de determinar, constituem o único grupo indígena importante. Séculos de guerra, seguidamente uma assimilação por casamentos intercommunautaires, fazem que hoje únicos cerca de milhares entre eles subsistem, para a maior parte Hokkaido. Os estrangeiros que residem ao Japão eram quase 1,5 milhão em 1997, entre os quais as comunidades coreanas (645 000 pessoas em 1997, ou seja 43,5 p. 100 do total dos imigrantes) e chinesas (252 000 pessoas em 1997,17 p. 100), implantadas há muito tempo, são mais importante. Hoje, os grupos de imigração em constante aumento são os vindas do Brasil (233 000 pessoas em 1997) e as Filipinas (93 000 pessoas em 1997). Os Americanos representam mal 3 p. 100 da população de origem estrangeira.




Cidade japonesa. Encarta
Fonte: http://www.voyagesphotosmanu.com/populacao_japonesa.html

Artesanato à Industria

Artesanato

A história do artesanato tem início no mundo com a própria história do homem, pois a necessidade de se produzir bens de utilidades e uso rotineiro, e até mesmo adornos, expressou a capacidade criativa e produtiva como forma de trabalho.










Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais e vegetais.

No Brasil, o artesanato também surgiu neste período. Os índios foram os mais antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário feitos com penas e plumas de aves.

O artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de várias formas como, nas cerâmicas utilitária, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), fabrico de farinha de mandioca, monjolo de pé de água, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular. E também encontram-se nas pinturas e desenhos (primitivos), esculturas, trabalhos em madeiras, pedra guaraná, cera, miolo de pão, massa de açúcar, bijuteria, renda, filé, crochê, papel recortado para enfeite, etc.

O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região.

Manufaturas

Manufatura é um sistema de fabricação de grande quantidade de produtos de forma padronizada e em série. Neste processo pode ser usado somente as mãos (como era feito antes da Revolução Industrial) ou com a utilização de máquinas como passou a ocorrer após a Revolução Industrial.

Durante a Revolução Industrial, houve grande avanço no modo de produção. O trabalho que antes era somente manual, passou a ser feito por máquinas, o que gerou uma maior produção em menor tempo.Além da utilização das máquinas, a manufatura passou a ter como marcante característica a utilização de um modo de trabalho em série, isso quer dizer que era feito etapa por etapa, e especializado, cada trabalhador tinha sua especialização numa área

Máquinas

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média oartesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.




Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.

A Fábrica

As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

Reação dos trabalhadores

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.

Fonte : www.suapesquisa.com/industrial

Revolução Industrial




A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.

A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.

Etapas da industrialização

Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:

1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.

1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.

1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica

Artesanato, manufatura e maquinofatura

O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.
A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o arte­são trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.
Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.

O pioneirismo inglês


Quatro elementos essenciais concorreram para a industrialização: capital, recursos naturais, mercado, transformação agrária.
Na base do processo, está a Revolução Inglesa do século XVII. Depois de vencer a monarquia, a burguesia conquistou os merca­dos mundiais e transformou a estrutura agrária. Os ingleses avançaram sobre esses mercados por meios pacíficos ou militares. A hegemonia naval lhes dava o controle dos mares. Era o mercado que comandava o ritmo da produção, ao contrário do que aconteceria depois, nos países já industrializados, quando a produção criaria seu próprio mercado.
Até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Uni­dos, Índia e Brasil). Tecido leve, ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção ia para o exterior e isto representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo.
Os capitais também vinham do tráfico de escravos e do comércio com metrópoles colonialistas, como Portugal. Provavelmente, metade do ouro brasileiro acabou no Banco da Inglaterra e financiou estradas, portos, canais. A disponibilidade de capital, associada a um sistema bancário eficiente, com mais de quatrocentos bancos em 1790, explica a baixa taxa de juros; isto é, havia dinheiro barato para os empresários.
Depois de capital, recursos naturais e merca­do, vamos ao quarto elemento essencial à industrialização, a transformação na estrutura agrária após a Revolução Inglesa. Com a gentry no poder, dispararam os cercamentos, autorizados pelo Parlamento. A divisão das terras coletivas beneficiou os grandes proprietários. As terras dos camponeses, os yeomen, foram reunidas num só lugar e eram tão poucas que não lhes garantiam a sobrevivência: eles se transforma­ram em proletários rurais; deixaram de ser ao mesmo tempo agricultores e artesãos.
Duas conseqüências se destacam: 1) diminuiu a oferta de trabalhadores na indústria doméstica rural, no momento em que ganhava impulso 0 mercado, tornando-se indispensável adotar nova forma de produção capaz de satisfazê-lo; 2) a proletarização abriu espaço para o investimento de capital na agricultura, do que resultaram a especialização da produção, o avanço técnico e o crescimento da produtividade.
A população cresceu, o mercado consumidor também; e sobrou mão-de-obra para os centros industriais.

Mecanização da Produção


As invenções não resultam de atos individuais ou do acaso, mas de problemas concretos coloca­dos para homens práticos. O invento atende à necessidade social de um momento; do contrário, nasce morto. Da Vinci imaginou a máquina a vapor no século XVI, mas ela só teve aplicação no ,século XVIII.
Para alguns historiadores, a Revolução Industrial começa em 1733 com a invenção da lançadeira volante, por John Kay. O instrumento, adaptado aos teares manuais, aumentou a capacidade de tecer; até ali, o tecelão só podia fazer um tecido da largura de seus braços. A invenção provocou desequilíbrio, pois começa­ram a faltar fios, produzidos na roca. Em 1767, James Hargreaves inventou a spinning jenny, que permitia ao artesão fiar de uma só vez até oitenta fios, mas eram finos e quebradiços. A water frame de Richard Arkwright, movida a água, era econômica mas produzia fios grossos. Em 1779, S Samuel Crompton combinou as duas máquinas numa só, a mule, conseguindo fios finos e resistentes. Mas agora sobravam fios, desequilíbrio corrigido em 1785, quando Edmond Cartwright inventou o tear mecânico.
Cada problema surgido exigia nova invenção. Para mover o tear mecânico, era necessária uma energia motriz mais constante que a hidráulica, à base de rodas d’água. James Watt, aperfeiçoando a máquina a vapor, chegou à máquina de movi­mento duplo, com biela e manivela, que transformava o movimento linear do pistão em movimento circular, adaptando-se ao tear.
Para aumentar a resistência das máquinas, a madeira das peças foi substituída por metal, o que estimulou o avanço da siderurgia. Nos Esta­dos Unidos, Eli Whitney inventou o descaroça­dor de algodão.

Fonte: http://www.culturabrasil.org/revolucaoindustrial.htm

Propagação de calor: Radiação

O calor (energia térmica), sempre que houver desequilíbrio de temperatura, propagará de um lugar de maior temperatura para outro de temperatura menor. Por exemplo, quando colocamos uma panela com água no fogo para esquentar, podemos observar a propagação de calor de três modos diferentes. Por condução: o calor do fogo se propaga para a panela que está em contato com ele; este calor se propaga também por condução para a água, que está em contato com a panela. Por convecção: a água que está em contato com o fundo da panela se aquece, sua densidade diminui (fica mais leve) e ela sobe, enquanto a água fria da superfície (mais pesada) desce para o fundo. Por irradiação: se tiramos a panela do fogo e aproximamos a mão de seu fundo, sentiremos um aumento de temperatura. Quando estamos na luz do sol também podemos perceber a irradiação de calor, pois sentimos o calor irradiado do Sol. Como sabemos, entre a Terra e o Sol não existe matéria (chama-se a ausência de matéria de "vácuo"). Logo, o calor do Sol, não chega até a Terra por condução através de algum tipo de material. Nem por convecção, pois este tipo de transporte de calor também exige o transporte de matéria. A este processo de transferência de calor na ausência de matéria chamamos de "irradiação". Em geral, todas as coisas irradiam calor. No entanto, a irradiação de uns é maior que a de outros, devido ao fato de ter a temperatura mais alta. O calor em forma de radiação se propaga até encontrar matéria, que poderá absorvê-lo. São exemplos o ar aquecido pela luz solar (que é o mais importante dos fenômenos responsáveis pelas variações de temperatura do meio ambiente) e a pele aquecida pela radiação do fogo.
Idéia do experimento
A idéia é mostrar que existe irradiação de calor produzida pela chama de uma vela. Para isso chega-se a mão próximo e ao lado da chama da vela e sente-se o aumento de temperatura na mão. Excluí-se a possibilidade da energia térmica chegar até a mão pelo ar por condução ou convecção , pois o ar é mau condutor de calor e o ar aquecido sobe em vez de ir para os lados ou para baixo. Logo, concluí-se que o calor chegou até a mão por irradiação.

Material
-Uma vela
-Fósforo para acender a vela

Montagem

Acenda a vela e a fixe em algum local.
Chegue a mão próximo e ao lado da chama da vela e sinta a temperatura da mão aumentar.

Comentários
Tanto pelos lados, como por baixo, o efeito de aquecimento principal é o calor proveniente da irradiação.
Pode-se passar rapidamente a mão numa região imediatamente acima da chama; observa que o aquecimento é bem maior, pois além da irradiação, também existe a propagação de calor pela convecção do ar.
Fonte: http://sosfisica.blogspot.com/2008/08/propagao-de-calor-por-irradiao.html

Cores quentes?

Se você ficar exposto ao Sol com roupas escuras, acabara sentindo mais calor, pois quanto mais escuros são os tecidos, mais ondas eletromagnéticas eles captam, e vice-versa - ou seja, quanto mais claros, menos ondas absorvem.
Um corpo capaz de absorver praticamente toda a energia radiante e nele incide é denominado corpo negro ou radiador ideal.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Coordenação ||| - Sistema Endócrino

Hormônios e suas funções -


Os hormônios são substâncias liberadas na corrente sangüínea por uma glândula ou órgão e que afetam a atividade de células de um outro local. Em sua maioria, os hormônios são proteínas compostas de cadeias de aminoácidos de comprimento variável. Outros são esteróides, substâncias gordurosas derivadas do colesterol.

Quantidades muito pequenas de hormônios podem desencadear respostas muito grandes no organismo. Os hormônios ligam-se aos receptores localizados sobre a superfície da célula ou no seu interior. A ligação de um hormônio a um receptor acelera, reduz ou altera a função celular de uma outra maneira. Em última instância, os hormônios controlam a função de órgãos inteiros.

Eles controlam o crescimento e o desenvolvimento, a reprodução e as características sexuais. Eles influenciam a maneira como o organismo utiliza e armazena a energia. Além disso, os hormônios controlam o volume de líquido e as concentrações de sal e de açúcar no sangue. Alguns hormônios afetam somente um ou dois órgãos, enquanto outros afetam todo o organismo.

Por exemplo, o hormônio estimulante da tireóide é produzido na hipófise e afeta apenas a tireóide. Em contraste, o hormônio tireoidiano é produzido na tireóide, mas afeta células de todo o organismo. A insulina, produzida pelas células das ilhotas pancreáticas, afeta o metabolismo da glicose, das proteínas e das gorduras em todo o organismo.

2) Principais Hormônios

Coordenação ||| - Sistema Endócrino

As Glândulas (exócrinas e endócrinas)



As Glândulas Endócrinas

As glândulas são unidades funcionais formadas de células que segregam hormônios, localizadas em várias regiões do corpo e que compõem o sistema endócrino. Cada glândula tem funções específicas que ajudam a manter o organismo interno em condições normais e a promover a sobrevivência do organismo.

Convém esclarecer ao praticante de Revitalização Integral, que a intenção primordial deste caderno é dar um panorama geral da atuação das Glândulas e os hormônios secretados por elas, para que em última análise constate os benefícios decorrentes de um Sistema Hormonal regulado e sadio. Para isso, achamos conveniente abordar sucintamente em cada glândula algumas patologias, baseados em literatura médica.

Além disso, adicionamos uma tabela completa sobre os Hormônios secretados pelas glândulas, assim como sua estrutura química, efeitos e estímulos no organismo.

fonte:http://www.ogrupo.org.br/glandulas_endocrinas.asp


Exócrinas-


glândulas exócrinas

As glândulas exócrinas são muito mais numerosas que as glândulas endócrinas e muitos dos seus produtos são por nós bem conhecidos. As glândulas exócrinas multicelulares segregam os seus produtos através de um ducto (canal) na superfície do corpo ou nas cavidades corporais. As glândulas exócrinas desempenham diversas funções. Incluem as glândulas sudoríparas que segregam o suor, as glândulas sebáceas que segregam gordura, as salivares, as biliares, o pâncreas que segrega enzimas digestivas, as glândulas mamárias, as glândulas mucosas e muitas outras. As glândulas exócrinas unicelulares não possuem ducto e são células simples interpostas, num epitélio, entre outras com outras funções. Nos humanos a maior parte delas produzem mucina, uma glicoproteína complexa que com a água forma um líquido viscoso, o muco, que protege e lubrifica as superfícies. As glândulas unicelulares incluem as células em forma de taça das mucosas intestinais e pulmonares, bem como as células produtoras de mucina que se encontram noutras partes do corpo.
As glândulas unicelulares provavelmente excedem em número as glândulas pluricelulares e são as menos comum dos dois tipos de glândulas.
As glândulas multicelulares têm em comum três elementos estruturais: um epitélio, uma unidade secretora e um tecido conjuntivo de suporte que envolve a unidade excretora e possui enervação e vasos sanguíneos. Muitas vezes o tecido conjuntivo forma uma cápsula fibrosa que limita a glândula ou a divide em lobos.
As glândulas multicelulares podem ser divididas em dois grupos com base na estrutura dos seus ductos. Glândulas simples que apresentam como ducto não ramificado e glândulas compostas quando o ducto é ramificado ou dividido. Estas glândulas podem ser divididas de acordo com a estrutura das suas partes secretoras, em: tubulares, quando as células secretoras formam um tubo (ex. glândulas intestinais), alveolares ou acinosas quando as células secretoras formam pequenos alvéolos (ex. glândulas sebáceas) e tubuloalveolares quando as porções secretoras têm uma parte tubular e uma alveolar (ex. glândulas do pâncreas).
Em virtude de as glândulas multicelulares segregarem os seus produtos de diferentes maneiras, também podem classificadas funcionalmente segundo o seu comportamento secretor. Muitas glândulas exócrinas denominam-se glândulas merócrinas, que segregam os seus produtos por exocitose pouco depois de os produtos serem produzidos. O pâncreas, a maior parte das glândulas sudoríparas e salivares pertencem a esta classe. Denominam-se glândulas holócrinas as que acumulam as suas secreções até que ocorra a ruptura das células secretoras.
As células mortas pela ruptura são substituídas pela divisão de outras células. As glândulas sebáceas da pele são as únicas glândulas verdadeiramente holócrinas. As glândulas denominam-se apócrinas quando também acumulam os seus produtos, mas neste caso a acumulação ocorre somente na célula do ápice (a que está mais próxima da superfície). Eventualmente, a célula vértice contrai-se e a secreção é libertada. Esta célula recupera e repete o processo sucessivamente. As glândulas mamárias e algumas glândulas sudoríparas libertam as suas secreções através deste mecanismo.

Coordenação ||| - Sistema Endócrino

Homeostase- A homeostase pode ser perturbada pelo estresse, que é qualquer estímulo que cria um desequilíbrio no meio interno.

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O estresse pode originar-se no meio externo na forma de estímulos tais como o calor, o frio ou falta de oxigênio.
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Ou o estresse pode originar-se dentro do corpo na forma de estímulos como pressão sanguínea alta, tumores ou pensamentos desagradáveis.
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A maioria dos estresses é leve e rotineira.
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O estresse extremo pode ser causado por envenenamento, superexposição a temperaturas extremas e intervenções cirúrgicas.

Felizmente, o corpo apresenta muitos mecanismos de regulação (homeostática) que podem trazer o meio interno de volta ao equilíbrio. Cada estrutura corporal, do nível celular ao sistêmico, tenta manter o meio interno dentro dos limites fisiológicos normais.
Os mecanismos homeostáticos do corpo estão sob o controle dos sistemas nervoso e endócrino.

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O sistema nervoso regula a homeostase pela detecção dos desequilíbrios do corpo, e pelo envio de mensagens (impulsos nervosos) aos órgãos apropriados para combater o estresse.
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O sistema endócrino é um grupo de glândulas que secretam mensageiros químicos, chamados de hormônios, na corrente sanguínea.

Enquanto os impulsos nervosos coordenam a homeostase rapidamente, os hormônios atuam de forma mais lenta.



fonte:http://www.guia.heu.nom.br/homeostase.htm

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Revolução Industrial


O processo de desenvolvimento capitalista, intensificado pela revolução comercial dos séculos XVI e XVII, estava, até então, ligado à circulação de mercadorias. A partir da segunda metade do século XVIII, entretanto, iniciou-se na Inglaterra a mecanização industrial, desviando a acumulação de capitais da atividade comercial para o setor da produção. Esse fato trouxe grandes mudanças, tanto de ordem econômica quanto social, que possibilitaram o desaparecimento dos restos das relações e práticas feudais ainda existentes e a definitiva implantação do modo de produção capitalista.

O início do processo industrial na Inglaterra deve-se, principalmente, ao fato de ter sido esse o país que mais acumulou capital durante a fase do capitalismo comercial. Nos séculos XVII e XVIII, a Inglaterra, graças a seu poderio naval e comercial, conseguiu formar um dos maiores impérios coloniais da época. Esse processo iniciara-se com a vitória inglesa contra a Invencível Armada espanhola de 1588, seguido dos Atos de Navegação de 1651, que atingiram especialmente os Países Baixos, seu maior rival no comércio e nos mares. O coroamento veio com o Tratado de Methuen, de 1703, assinado com Portugal, que abria os mercados portugueses e de suas colônias aos manufaturados ingleses.

O final favorável da Guerra dos Sete Anos (1756-1763) subjugou a França, seu último potencial concorrente na Europa. A situação após as guerras napoleônica do início do século XIX confirmou esse cenário. Assim, passo a passo, a política internacional inglesa foi consolidando sua supremacia mundial, transformando-a na maior potência econômica. Seu domínio se estenderia até o início do século XX.

Internamente, esse período foi marcado por transformações significativas na sociedade e na economia inglesa, como a implantação de um poderoso sistema bancário e as grandes mudanças no meio rural. O Banco da Inglaterra, fundado logo após a Revolução Gloriosa (1688-1689) e associado à Companhia das Índias, fomentou as relações coloniais estimulando a produção de algodão, matéria-prima básica para o processo que levou o país à Revolução Industrial. A mecanização da indústria têxtil logo foi aplicada também ao setor metalúrgico, tendo as instituições financeiras servido de respaldo aos crescentes investimentos.



Inglaterra na Revolução Industrial

No campo, o estímulo à produção com técnicas e instrumentos inovadores e o desaparecimento dos pequenos proprietários, por causa dos cercamentos, integraram o trabalho rural ao sistema capitalista em desenvolvimento. O êxodo rural provocado pelos cercamentos permitiu que grandes empresários e nobres – robber barons (“os barões salteadores”) - se apossassem de pequenas propriedades agrícolas por compra ou processos judiciais. Paralelamente, as levas de camponeses que se transferiram para as cidades formaram um grande contingente de mão-de-obra disponível – o chamado exército industrial de reserva –, essencial para a ocorrência da Revolução Industrial. Londres, por exemplo, de 1700 a 1800 era a cidade mais populosa da Europa. Devido à escassez de emprego, essa volumosa mão-de-obra de baixíssimo preço vinha ao encontro dos anseios dos industriais já que o custo da força de trabalho era muito pequeno, eles podiam aplicar grandes somas de capitais em novas instalações.

Politicamente, a Revolução Gloriosa sepultou o absolutismo ao estabelecer a supremacia do Parlamento e inaugurar o Estado liberal inglês, pré-requisito para a plenitude capitalista burguesa que se instalaria com as maquinofaturas. A própria aristocracia inglesa, por não dispor de pensões como acontecia na França, acabou por ver com simpatia as atividades comerciais e industriais, integrando-se a elas muitas vezes.

Completando o quadro, a Inglaterra contava com abundância de ferro e carvão, matérias-primas fundamentais para a construção e o funcionamento das máquinas e para a produção de energia.


Fonte:http://histoblogsu.blogspot.com/2010/04/inglaterra-nos-seculos-xvi-xviii.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+Histoblog+%28HISTOBLOG+-+Hist%C3%B3ria+Geral%29

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Período Regencial



Toda a agitação política do governo de Dom Pedro I culminou em sua rápida saída do governo durante os primeiros meses de 1831. Surpreendidos com a vacância deixada no poder, os deputados da Assembléia resolveram instituir um governo provisório até que Dom Pedro II, herdeiro legítimo do trono, completasse a sua maioridade. É nesse contexto de transição política que observamos a presença do Período Regencial.

Estendendo-se de 1831 a 1840, o governo regencial abriu espaço para diferentes correntes políticas. Os liberais, subdivididos entre moderados e exaltados, tinham posições políticas diversas que iam desde a manutenção das estruturas monárquicas até a formulação de um novo governo republicano. De outro lado, os restauradores –funcionários públicos, militares conservadores e comerciantes portugueses – acreditavam que a estabilidade deveria ser reavida com o retorno de Dom Pedro I.

Em meio a tantas posições políticas, a falta de unidade entre os integrantes da política nacional em nada melhorou o quadro político brasileiro. As mesmas divergências sobre a delegação de poderes políticos continuaram a fazer da política nacional um sinônimo de disputas e instabilidade. Mesmo a ação reformadora do Ato Adicional, de 1834, não foi capaz de resolver os dilemas do período.

Umas das mais claras conseqüências desses desacordos foram a série de revoltas deflagradas durante a regência. A Sabinada na Bahia, a Balaiada no Maranhão e a Revolução Farroupilha na região Sul foram todas manifestações criadas em conseqüência da desordem que marcou todo o período regencial.



Fonte:http://www.brasilescola.com/historiab/periodo-regencial.htm


Regressistas e progressistas(grupo moderado e grupo exaltado e restauradores)


O grupo que estava no poder no final do Período Regencial era conhecido como 'regressista', defensor dos interesses fluminenses, paulistas e mineiros em uma época na qual o café começava a se tornar o principal item de exportação do país. O outro grupo, chamado 'progressista', tinha minoria na Câmara e percebeu que não venceria os inimigos nas urnas nem nas armas. Por isso, articulou o chamado Golpe da Maioridade.
Os liberais progressistas procuravam convencer a opinião pública de que as revoltas eram características da Regência e que só uma antecipação da maioridade de D. Pedro e a coroação do jovem herdeiro trariam paz ao país. Os militares e o príncipe foram coniventes com a idéia. Os conservadores regressistas perceberam que se opor à antecipação da maioridade seria um erro. Afinal, a coroação era uma questão de tempo e não era interessante ficar contra os anseios de um herdeiro que logo se tornaria rei.

Fonte:http://bit.ly/bkLQBT

--revoltas regencias

A Regência e as Revoltas regências


O Período regencial brasileiro (1831 — 1840) foi o intervalo político entre os mandatos imperiais da Família Imperial Brasileira, pois quando o Imperador Pedro I abdicou de seu trono, o herdeiro D. Pedro II não tinha idade suficiente para assumir o cargo. Devido à natureza do período e das revoltas e problemas internos, o período regencial foi um dos momentos mais conturbados do Império Brasileiro.

Com o Primeiro Reinado, instaurado logo depois da Independência do Brasil (1822), o Brasil passou por diversas instabilidades políticas. Depois de graves problemas internos, advindos de crises internacionais (como a disputa da Província Cisplatina e questões hereditárias em Portugal) e de instabilidades políticas no país, o Imperador Pedro I não conseguiu suportar a pressão, e se viu obrigado a abdicar do seu posto como Imperador do Brasil. No dia 7 de abril de 1831, o imperador D. Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho, D. Pedro II, que tinha pouco mais de cinco anos.

O período regencial se inicia em 17 de julho de 1831, cerca de dois meses após a abdicação de D. Pedro I. Segundo a constituição de 1824, caso um monarca não pudesse assumir, deveria ser formada uma regência composta por três pessoas, a chamada Regência Trina. O que impossibilitava a ascensão de D. Pedro II ao trono do Brasil era sua idade. Ele tinha apenas 5 anos de idade em 1831.

Foi instalada a Assembléia Geral, eleita em 17 de junho de 1831 a Regência Trina Permanente, que ficou composta pelos deputados José da Costa Carvalho - marquês de Monte Alegre -, político do sul do país, João Bráulio Muniz, do norte, e novamente pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Tal composição representava, por um lado, uma tentativa de equilíbrio entre as forças do norte e do sul do país; por outro lado, a permanência do brigadeiro Francisco de Lima e Silva representava a busca pelo controle da situação e manutenção da ordem pública.

Em 1864 foi autorgado o Ato Adicional, talvez a experiência mais democrática ocorrida durante o império, considerada como uma experiência republicana do império que usou elementos da Constituição dos Estados Unidos.

O regente uno passou a ser eleito por voto censitário, com mandato temporário (quatro anos). A eleição e a alternância do chefe do poder executivo permitiram, entre 1835 e 1840, uma experiência considerada republicana e presidencialista no Brasil. O mesmo ato adicional criou as Assembléias Legislativas Provinciais, compostas por deputados eleitos — também por voto censitário — e com poder deliberativo no campo civil, judiciário, eclesiástico, educacional, policial, econômico e tributário. Desta forma, as províncias ganharam uma relativa autonomia legislativa. Portanto, a experiência republicana, além de presidencialista, teve um aspecto federalista (que se constituem em elementos fundamentais do regime político dos EUA).

Conforme estipulado pelo ato adicional, realizou-se, a 7 de abril de 1835, a eleição para o cargo de Regente Único. Duas candidaturas destacaram-se logo de início, sendo ambos os candidatos do Partido Moderador: o paulista Diogo Antônio Feijó, apoiado pelas forças políticas do sul e, também, pela Sociedade Defensora do Rio de Janeiro; e o pernambucano Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque, cuja família era dona de cerca de um terço dos engenhos de açúcar de Pernambuco, legítimo representante da aristocracia nordestina. Feijó venceu por pequena diferença de votos (600), dos cerca de seis mil eleitores do país que, nessa época, tinha aproximadamente cinco milhões de habitantes. Segundo a Constituição brasileira de 1824, os eleitores — cidadãos ativos — eram aqueles que votavam e podiam ser votados.






Diogo Antônio Feijó, regente único de 1834 a 1837. Gravura de Sébastien Auguste Sisson (1824 — 1893)



O regente tomou posse no dia 12 de outubro de 1835, enfrentando oposição até dentro do próprio partido e uma grave situação de agitação no país. Notícias das províncias falavam de revoltas nos "sertões" do extremo-norte: a Cabanagem no Grão-Pará; a dos escravos Malês, na Bahia; e no extremo-sul, a Farroupilha.





Fonte:http://bit.ly/96GtMm

Conflitos no Governo de D.Pedro I

Conflitos internos
*A confederação do Equador






O autoritarismo que marcou o processo de outorga da Constituição de 1824 inaugurou uma fase na história política do Brasil, onde a centralização política se transformou em uma prática severamente questionada. Mesmo contando com alguns princípios de natureza liberal, a Constituição de 1824 também foi marcada por uma série de dispositivos contrários ao seu aparente liberalismo. A centralização dos poderes acabava gerando a insatisfação de muitos dos representantes políticos do período.

Tomado por essa orientação contraditória de sua carta constitucional, o governo de Dom Pedro I acabou sendo alvo de diversos ataques políticos bem como de revoltas. Naquele mesmo ano, inspirados pelos levantes de 1817, um grupo de habitantes de Pernambuco iniciou um movimento antimonarquista. Tal oposição originou-se nas constantes crises da economia regional e as cargas tributárias impostas pelo governo.

Como se não bastasse sua situação desoladora, os pernambucanos sentiram o peso do autoritarismo real quando D. Pedro I depôs o então governador, Manuel de Carvalho Paes de Andrade, e indicou um substituto para o cargo. A troca do governo seria o último episódio que antecedeu a formação do movimento que ficou conhecido como Confederação do Equador, esse ganhou tal nome devido sua proximidade geográfica com a Linha do Equador.

A Confederação, que se iniciou com a ação de lideranças e populares pernambucanos, logo tomou corpo e conseguiu a adesão de outros estados do nordeste. Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba também se juntaram ao movimento. Impassíveis às tentativas de negociação do Império, os revoltosos buscaram criar uma constituição de caráter republicano e liberal. Além disso, o novo governo resolveu abolir a escravidão e organizou forças contra as tropas imperiais.

Depois de estabelecidas as primeiras ações da Confederação, alguns de seus líderes decidiram abandoná-la. Tudo isso porque alguns integrantes da revolta defendiam a radicalização de algumas ações do novo governo. Frei Caneca, Cipriano Barata e Emiliano Munducuru acreditavam que a ampliação de direitos políticos e reformas no campo social eram medidas urgentes no novo poder estabelecido. Com isso, os integrantes da elite que apoiaram a Confederação se retiraram do levante.

De outro lado, o governo imperial tomou medidas severas contra o movimento separatista. Dom Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou mercenários ingleses para que lutasse contra os revoltosos. Não resistindo ao enfraquecimento interno do movimento e a dura reação imperial, a Confederação do Equador teve seu fim. Dezesseis envolvidos foram acusados e executados pelas instituições judiciárias do Império. Entre eles, Frei Caneca teve como pena a morte por fuzilamento.

Fonte : http://www.brasilescola.com/historiab/a-confederacao-equador.htm




- Conflitos externos

* A guerra da Cisplatina




A Guerra da Cisplatina foi um conflito que ocorreu de 1825 até 1828, envolvendo os países Brasil e Argentina.
O motivo desta batalha era pelo domínio da Província de Cisplatina, atual Uruguai, uma região que sempre foi cobiçada pelos portugueses e espanhóis.

No ano de 1680, Portugal fundou a região Colônia do Sacramento, que foi o primeiro nome dado á região de Cisplatina. Em 1777, o território passou a ser posse da Espanha.

Em 1816, a coroa Portuguesa, que estava no Brasil, ocupou novamente a região, nomeando-a como Província da Cisplatina.

No ano de 1825, um novo movimento surge em prol da libertação da província. Mas os moradores de Cisplatina se recusam a fazer parte do Brasil, e João Antonio Lavalleja, organiza um movimento para declarar independência da região. A Argentina por interesse no território da Cisplatina, ajuda no movimento, ofertando, força política, armas, alimentos, etc. O Brasil se revoltou declarando guerra à Argentina e ao revoltosos da região de Cisplatina.

Foram muitos conflitos entre os combatentes, e com tudo isso muito dinheiro público foi gasto, desequilibrando a economia brasileira. E além de tudo, o Brasil foi vencido na batalha.

No ano de 1828, sob interferência da Inglaterra, foi firmado um acordo entre Brasil e Argentina, que foi marcado pela independência da Província da Cisplatina seria independente.

Com isso, a situação do Brasil se complicou mais, e os brasileiros ficaram mais insatisfeitos com o governo.

Fonte:http://www.colegioweb.com.br/historia/guerra-da-cisplatina.html

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Neurônios: Células especializadas em comunicação

Introdução
Dois tipos de fenômenos esão envolvidos no processamento do impulso nervoso: os elétricos e os químicos. Os eventos elétricos propagam o sinal dentro de um neurônio, e os eventos químicos transmitem o sinal de neurônio a outro ou para uma célula muscular. O processo químico de interação entre os neurônios e entre os neurônios e células efetoras acontecem na terminação do neurônio, em uma estrutura chamada sinapse. Aproximando-se do dendrito de outra célula (mas sem continuidade material entre ambas as células), o axônio libera substâncias químicas chamadas neurotransmissores, que ligam-se aosreceptores químicos do neurônio seguinte e promove mudanças excitatórias ou inibitórias em sua membrana.
Sinapse: O ponto de encontro entre neurônios
Dado que os neurônios formam uma rede de atividades elétricas, eles de algum modo têm que estar interconectados. Quando um sinal nervoso, ou impulso, alcança o fim de seu axônio, ele viajou como um potencial de ação ou pulso de eletricidade. Entretanto, não há continuidade celular entre um neurônio e o seguinte; existe um espaço chamado sinapse. As membranas das células emissoras e receptoras estão separadas entre si pelo espaço sináptico, preenchido por um fluido. O sinal não pode ultrapassar eletricamente esse espaço. Assim, substâncias químicas especias, chamadas neurotransmissores, desempenham esse papel. Elas são liberadas pela membrana emissora pré-sináptica e se dinfundem através do espaço para os receptores da membrana do neurônio receptor pós-sináptico. A ligação dos neurotransmissores para esses receptores tem como efeito permitir que íons (partículas carregadas) fluam para dentro e para fora da célula receptora, conforme visto no artigo sobre condução nervosa.

A direção normal do fluxo de informação é do axônio terminal para o neurônio alvo, assim o axônio terminal é chamado de pré-sináptico (conduz a informação para a sinapse) e o neurônio alvo é chamado de pós-sináptico (conduz a informação a partir da sinapse).


Fonte: www.cerebromente.org.br

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Doutrina Monroe




A Doutrina Monroe foi proferida pelo presidente James Monroe no dia 02 de dezembro de 1823, no Congresso norte-americano. Em seu pronunciamento, James deixou claro que o continente não deveria aceitar nenhum tipo de intromissão europeia sobre quaisquer aspectos, isto é, “América para os americanos”.

A ideologia da doutrina estava baseada em três princípios básicos: a impossibilidade de criação de novas colônias ao longo do continente, intolerância à interferência de nações europeias em questões internas e a não participação norte-americana em conflitos envolvendo países europeus.

A doutrina se colocava contra o colonialismo em terras do continente americano, isso é tão verdade que os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecer a independência dos países anteriormente colonizados pela Espanha.

O que motivou tal doutrina foi a ameaça por parte da Santa Aliança (composta por países europeus como Áustria, Rússia, e França) de voltar a colonizar os países americanos.

Aparentemente, os Estados Unidos estavam fazendo frente à Europa para defender os países latinos, no entanto, o que estava sendo defendido eram somente os interesses norte-americanos.

Canal do Panamá


Localizado no istmo do Panamá, na América Central, é construído entre 1908 e 1914 para ligar os oceanos Atlântico e Pacífico. Como o istmo é a parte mais estreita do continente americano, desde 1534, sob o reinado do imperador espanhol Carlos V, existe a idéia de construir o canal. Em 1879, o francês Ferdinand de Lesseps – que abriu o Canal de Suez– inicia os trabalhos no Panamá. O despreparo dos europeus frente a doenças tropicais, como malária e febre amarela, levam o projeto à falência dez anos depois. Interessados em uma ligação marítima mais rápida entre a costa leste e costa oeste, são os Estados Unidos que insistem no projeto. Em 1903, os EUA induzem o Panamá – na época, uma província da Colômbia – à independência. Formado o novo país, o governo norte-americano obtém a autorização para a construção do canal em troca de sua concessão e uma faixa de terra de 8 km de largura em cada lado do canal. Depois de várias disputas pela soberania do canal, Panamá e Estados Unidos assinam em 1977 um acordo pelo qual o controle passa definitivamente aos panamenhos no ano 2000.

O canal tem 82 km de extensão, 152,4 m de largura, 26 m de profundidade e três eclusas duplas. Sua travessia leva de 16 a 20 horas. Apesar da alta taxa de pedágio – cerca de US$ 28 mil –, em função dos custos de manutenção, o canal tem tráfego intenso. Em 1993, serve de passagem para 12.257 navios. É um ponto estratégico militar e econômico porque evita que grandes navios tenham de fazer a volta ao redor da América do Sul para atingir outro oceano.


A travessia do Canal do Panamá é feita por três comportas. Onde a água funciona como um elevador. Vindo do Atlântico, por exemplo, o navio entre na comporta, com a água no mesmo nível do oceano. Os portões são fechados e as válvulas de enchimento abertas. A água entra através de poços do piso, elevando o navio 26 metros, até o nível do Lago de Gatun. As válvulas são fechadas e os portões superiores abertos. O navio sai da comporta para o lago. E segue para as outras comportas, onde acontece o processo inverso de descida até o nível do oceano Pacífico.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

América Anglo-Saxônica



A expressão América Anglo-Saxônica refere-se aos países do continente americano que tem como principal idioma o inglês e que também possuam laços históricos, étnicos, linguísticos e culturais com o Reino Unido. Entre os países incluídos nessa definição estão os Estados Unidos e o Canadá (com exceção da província de Quebec) na América do Norte,Belize e algumas ilhas do Caribe na América Central, e a Guiana na América do Sul.

Este termo deriva da classificação dos países da América em dois blocos: aqueles em que a língua mais falada deriva do latim (América Latina), e o bloco dos dois países cuja língua deriva do anglo-saxão.




Essa parte do continente americano tem forte colonização inglesa, o que condicionou vários aspectos culturais, como a língua e a predominância da religião protestante. Além de maioria da população ser de raça caucasiana (brancos).

Esta classificação é imperfeita. A Guiana na América do Sul, e diversas ilhas das Caraíbas, assim como o Belize na América Central, são também países de língua anglo-saxônica, mas não costumam ser considerados parte do que se convencionou chamar de América Anglo-Saxônica. Além disso, a província de Quebec, no Canadá, fala francês, uma língua latina.



Na prática, as expressões América Anglo-Saxônica e América Latina costumam ser utilizadas em referência, respectivamente, aos países da América que pertencem ao mundo desenvolvido e ao mundo subdesenvolvido.

Localização Geográfica, Climas e Vegetações

Situam-se na América Anglo-Saxônica dois dos maiores países do mundo: o Canadá e os Estados Unidos. Sua área total é superior a 19 milhões de quilômetros quadrados, e os limites dessa porção do continente americano são o Oceano Atlântico a leste, o Oceano Pacífico a oeste o Oceano Glacial Ártico ao norte e o México ao sul.

Na extensa linha litorânea da América Anglo-Saxônica observa-se a ocorrência de uma série de penínsulas, destacando-se a Península do Labrador, no Canadá, junto à Baía de Hudson, e a Baía da Flórida, nos Estados Unidos, banhados pelo Golfo do México, e pelo OceanoAtlântico. As principais ilhas são canadenses, como Terra Nova e Príncipe Eduardo, junto ao Golfo de São Lourenço, no oceano Atlântico e o Golfo de Vancouver, no oceano Pacífico. Tem climas e vegetações muito variadas.

Fonte: www.infoescola.com

terça-feira, 24 de agosto de 2010

REVOLUÇÃO DO PORTO


( 1922 )
A chamada Revolução do Porto foi um movimento liberal que acarretou consequências tanto na História de Portugal como na História do Brasil.

Iniciado na cidade do Porto no dia 24 de Agosto de 1820, cuja burguesia mercantil se ressentia dos efeitos do Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas (1808), que deslocara para o Brasil parte expressiva da vida econômica metropolitana, o movimento reivindicatório logo se espalhou, sem resistências, para outros centros urbanos de Portugal, consolidando-se com a adesão de Lisboa.

Iniciado pela guarnição do Porto, irritada com a falta de pagamento, e por comerciantes descontentes daquela cidade, conseguiu o apoio de quase todas as camadas sociais: o Clero, a Nobreza e o Exército português. Entre as suas reivindicações, exigiu:

o imediato retorno da Corte para o reino, visto como forma de restaurar a dignidade metropolitana;

o estabelecimento, em Portugal, de uma Monarquia constitucional; e a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil (reinstauração do Pacto Colonial).

A junta governativa de Lord Beresford foi substituída por uma junta provisória, que convocou as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa para elaborar uma Constituição para Portugal. Enquanto esta carta magna estava sendo redigida, entrou em vigor uma Constituição provisória, que seguia o modelo espanhol.

O movimento, vitorioso, ficaria conhecido como Revolução do Porto ou Revolução Liberal do Porto. Como consequências, a Corte retornou a Portugal no ano de 1821 e, diante do progressivo aumento da pressão para a recolonização do Brasil, este proclamou a sua independência em 1822.

Influenciados pelas idéias difundidas pelas lojas maçônicas, pelos liberais emigrados, principalmente em Londres, os portugueses criticavam e questionavam a permanência da Corte no Rio de Janeiro. O momento era favorável à eclosão de um movimento liberal. Em 1817, Gomes Freire de Andrada, que ocupava posição de destaque na Maçonaria, liderou uma revolta para derrubar Lord Beresford e implantar um regime republicano em Portugal. A descoberta do movimento e a confirmação de sua ligação com a Maçonaria desencadeou uma grande perseguição aos maçons, culminando com a proibição das sociedades secretas por D. João VI, em 1818, não só em Portugal como também no Brasil.





Os portugueses sofriam ainda a influência dos movimentos havidos na Espanha, que já aprovara uma Constituição em 1812 e onde, em inícios de 1820, ocorrera uma revolução liberal.

No dia 24 de agosto de 1820 começou, na cidade do Porto, um movimento liberal que logo se espalhou por outras cidades, consolidando-se com a adesão de Lisboa. Não houve resistência. Iniciada pela tropa irritada com a falta de pagamento e por comerciantes descontentes, conseguiu o apoio de quase todas as camadas sociais: Clero, Nobreza, e Exército. A junta governativa de Lord Beresford foi substituída por uma junta provisória, que convocou as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa para elaborar uma Constituição para Portugal. Enquanto a Carta estava sendo feita, entrou em vigor uma Constituição provisória, que seguia o modelo espanhol.



A revolução vitoriosa, que ficaria conhecida como a Revolução do Porto, exigia o retorno da Corte, visto como forma de "restaurar a dignidade metropolitana", o estabelecimento, em Portugal, de uma Monarquia constitucional e a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil.

REPERCURSÕES DA REVOLUÇÃO
A Revolução de 1820 apresentava duas faces contraditórias. Para Portugal, era liberal, na medida em que convocou as Cortes (Assembléia), que não se reuniam desde 1689, com o objetivo de elaborar uma Constituição que estabelecesse os limites do poder do rei. Para o Brasil, foi conservadora e recolonizadora, visto que se propunha a anular as medidas concedidas por D. João, exigindo a manutenção dos monopólios e privilégios portugueses, limitando a influência inglesa, subordinando novamente a economia e a administração brasileiras a Portugal.

No Brasil, as primeiras notícias sobre o movimento chegaram por volta de outubro, ocasionando grande agitação. Todos se confraternizaram, mas aos poucos ficou clara a divergência de interesses entre os diversos setores da população. No Grão-Pará, na Bahia e no Maranhão, as tropas se rebelaram em apoio aos revolucionários portugueses, formando Juntas governativas que só obedeceriam às Cortes de Lisboa. A presença da família real no Rio de Janeiro agravara as diferenças que separavam o Centro-Sul do Norte e Nordeste, sobrecarregando essas regiões com o aumento e criação de novos tributos, destinados à manutenção da Corte, chamada de a "nova Lisboa".



Muitos comerciantes portugueses, ansiosos por recuperar seus privilégios, aderiram ao movimento. Foram apoiados pelas tropas portuguesas. Outros grupos acreditavam que o regime constitucional implantado em Portugal seria também aplicado no reino do Brasil. Havia também aqueles que, beneficiados com o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro, não queriam a volta a Lisboa. Afinal, seus negócios estavam correndo bem e o retorno significaria o fim das vantagens e de seu prestígio social e político. Funcionários que haviam recebido cargos públicos e proprietários de escravos e terras do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo, manifestaram-se contra a Revolução do Porto, defendendo a permanência da família real no Brasil.

O retorno da Corte para Portugal dividia as opiniões. De um lado o Partido Português, que agrupava as tropas portuguesas e os comerciantes reinóis, exigindo o regresso da família real. De outro, aqueles que se opunham, por terem progredido, ganho prestígio e poder com a vinda da Corte para o Rio de Janeiro e que portanto, queriam que o rei ficasse. A partir do momento em que se manifestaram favoráveis à permanência de D. João, passaram a ser conhecidos como Partido Brasileiro. Seus integrantes não eram necessariamente brasileiros de origem, mas tinham seus interesses vinculados ao Brasil.

D. João VI resolveu ficar, mas, tentando contornar a situação, anunciou que enviaria o príncipe D. Pedro a Portugal, "para ouvir os povos". Essa medida não foi bem aceita por comerciantes e tropas portuguesas do Rio de Janeiro. Em fevereiro de 1821, as tropas reuniram-se no largo do Rossio, atual praça Tiradentes, exigindo que D. Pedro e D. João jurassem a Constituição que estava sendo feita pelas Cortes, e a substituição de ministros e de funcionários que ocupavam os principais cargos administrativos. D. João concordou com tudo.

Alguns dias depois de jurar, antecipadamente, a Constituição, no Real Teatro São João, atual João Caetano, o rei foi pressionado a retornar a Lisboa, deixando o príncipe D. Pedro como regente. Ficou também decidido que se realizariam eleições para a escolha dos representantes brasileiros nas Cortes.

No entanto, a agitação continuava. No dia 21 de abril, grupos populares reuniram-se em assembléia no edifício da praça do Comércio, exigindo que D. João jurasse a Constituição espanhola enquanto era elaborada a Constituição portuguesa. Devido aos sucessivos adiamentos da partida, manifestações tanto a favor como contra o retorno do rei tomaram conta da reunião. Para controlar a situação e terminar com a manifestação, D. Pedro ordenou à tropa que dispersasse a assembléia. Uma pessoa morreu e muitas ficaram feridas e, por isso, o edifício projetado por Grandjean de Montigny, a atual Casa França-Brasil, passou a ser conhecido como "Açougue dos Braganças".

Dias depois, a 26 de abril de 1821, D. João VI deixava o Brasil, acompanhado por 4 mil pessoas, levando tudo o que puderam, inclusive todo o ouro que existia no Banco do Brasil. Grupos de brasileiros tentaram impedir a volta das jóias e dos bens do Tesouro para Lisboa. Cantava-se nas ruas:

"Olho vivo,

pé ligeiro,

vamos a bordo,

buscar o dinheiro".

Seu regresso atendia às exigências das Cortes, mas, deixando D. Pedro como príncipe-regente do Brasil, agradava também ao grupo político que defendera a permanência da família real no Brasil - o Partido Brasileiro, que começava então, a se formar.

CRISE PORTUGUESA E A REVOLUÇÃO DO PORTO
Durante o período em que a Corte esteve no Rio de Janeiro, Portugal foi governado por uma junta presidida por Lord Beresford, que comandava o Exército e mantinha sob seu controle a nação portuguesa. A economia vivia um momento de profunda crise. O comércio estava decadente, praticamente paralisado, não só pela ocupação francesa como também pela abertura dos portos da Colônia em 1808. Os comerciantes portugueses estavam descontentes pois haviam perdido o monopólio comercial, situação agravada pelos Tratados de 1810, assinados com os ingleses. A agricultura estava desorganizada, as cidades destruídas por causa das lutas com os franceses e as manufaturas portuguesas não tinham condições de concorrer com as inglesas. Para muitos, tudo isso era resultante da ausência do rei. Além disso, sabia-se que as lojas maçônicas, em Portugal, divulgavam as idéias liberais, defendendo uma Constituição que limitaria o poder do soberano instituindo, assim, uma Monarquia constitucional.

Em 1814, com a derrota de Napoleão Bonaparte e o fim da guerra na Europa, o retorno da Corte voltou a ser discutido em Portugal. Os portugueses sentiam-se abandonados e queriam seu rei de volta. A queda de Napoleão tornou mais evidente a decadência do reino português, que em nada fora beneficiado com a permanência da família real na América.

Mas não era apenas Portugal que desejava mudanças. Em 1815, os vencedores de Napoleão reuniram-se em um Congresso na cidade de Viena, capital da Áustria, com o objetivo de restaurar a velha ordem transformada pela Revolução Francesa, evitar que as idéias liberais se espalhassem e também reconduzir ao poder as antigas dinastias. Os participantes do Congresso de Viena, tranqüilos por terem vencido os revolucionários, discutiam as mudanças que deveriam ser feitas para anular as conseqüências produzidas pela Revolução Francesa e pelo governo de Napoleão. A criação da Santa Aliança, uma associação formada pelos três reinos mais importantes presentes ao Congresso - Rússia, Áustria e Prússia -, com poder de intervenção em nações onde movimentos liberais pudessem pôr em xeque os governos absolutos, contribuía para ajudar a reconstruir a ordem conservadora européia.

No entanto, a partir de 1820, a Europa foi sacudida por uma onda de movimentos de contestação, de inspiração liberal, em reação às medidas restauradoras do Congresso de Viena. Esses movimentos combatiam o absolutismo de direito divino dos reis, mas admitiam a Monarquia desde que os poderes dos soberanos ficassem limitados por uma Constituição e fossem respeitadas as liberdades individuais.

Pelo princípio da legitimidade, defendido pelo príncipe Talleyrand, representante do rei absolutista da França, Luís XVIII, no Congresso de Viena, os soberanos das antigas dinastias européias que haviam sido depostos após a Revolução Francesa, principalmente no período napoleônico, deveriam ser restaurados em seus tronos. Assim, Portugal deveria voltar a ser governado pela dinastia de Bragança, representada por D. João VI. No entanto, D. João, conhecido na Europa como o Rei do Brasil, acostumara-se à idéia de permanecer no Rio de Janeiro, concretizando o tão sonhado Império luso-americano. A solução encontrada, atribuída ao próprio Talleyrand, e proposta ao representante português, conde de Palmela, foi a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves. Essa medida, além de defender a presença da Europa e da realeza na América, também agradaria aos súditos do Brasil, pois destruiria a idéia de Colônia que tanto lhes desagradava, além de afastá-los da idéia de Independência e de República.

D. João, desinteressado de voltar a Lisboa, em 16 de dezembro de 1815 fez publicar a Carta de Lei que dizia: "Que os meus Reinos de Portugal, Algarves, e Brasil formem dora em diante um só e único Reino debaixo do título de REINO UNIDO DE PORTUGAL, E DO BRASIL, E ALGARVES". Saudada com entusiasmo no Rio, a mudança não foi tão bem recebida pelos portugueses. A elevação a Reino Unido colocava o Brasil em condições de igualdade ou até em situação superior a Portugal, visto que a Corte permanecia no Rio de Janeiro.